terça-feira, 29 de janeiro de 2008

COMO DÓI TER QUE IR AO BANHEIRO


Bem, preciso registrar logo uma estória, senão esqueço. Acabou de acontecer. Nossa!... Quando dizem que grávida tem prisão de ventre, esquecem de dizer que é uma prisão de ventre fora do comum. Raramente, evacuamos (no popular, cagamos). A minha tese então é a seguinte: o cocô que se forma dentro do intestino de tanto tempo que não dá as caras nem sabe mais qual é o padrão do tamanho para passar no buraco. Logo, quando vem, vem gigante, para todos os lados, como pipoca doce, sabe? _ uma grudada na outra. Absurdo!!!
O que eu indico para amenizar o sofrimento de uma grávida que vai ao banheiro fazer o número 2 é aproveitar a vontade. Bateu a vontade, vai! Nem pense! Porque o organismo ajuda, faz uma forcinha extra o que é legal.
Pior que sempre quando me bate essa vontade, o banheiro está ocupado. AH!!! Falto esmurrar a porta. Bem... por educação dá para esperar um pouquinho, mas se a pessoa que está lá dentro é o seu marido, diz para ele se mandar porque o caso é de urgência. Caso contrário, ele está morto!
O Lucrécio quando está no banheiro de manhã demora horrores... faz a barba, se olha incansavelmente no espelho, faz a digestão... Homens... como sempre demoram muito para coisas tão práticas.
Uma vez, tive que apelar para o banheiro de empregada do apartamento. Já estava no sétimo mês de gravidez. Pedi, meio com raiva, para ele me passar um rolo de papel higiênico pela janela. Eu crente que ele, gentilmente, ía ver que o negócio era sério e dar a vez para uma gestante. Mas que nada, Lucrécio atendeu ao meu pedido e tive que ir à luta no lavabo extra mesmo.
Há tempos não era tão difícil. Mesmo com vontade, estava cruel. Aquele banheirinho espremido então, aumentava a minha dor. Encostei a cabeça na enceradeira, segurei firme na tábua de passar e pedi à Deus que amenizasse o meu sofrimento. Mas meu desespero aumentava cada vez mais ao lembrar que a minha intenção era ter parto normal. Putaqueopariu!!!!! Imagina! Se por trás estava doendo daquele jeito, pela frente com o cabeção do moleque então....
Enfim, encarei como um treinamento e consegui. Entre bagulhos e mais bagulhos naquele banheirinho, fiz a merda. E dá tanta raiva do cocô que a gente faz questão de olhar o infeliz. Porra, o banheirinho estava sem luz. Mas mesmo assim, era uma questão de honra. Cheguei a cara perto do vaso e olhei bem para ele antes de apertar a descarga. Tipo nos filmes em que o mocinho olha bem na cara do bandido antes do golpe final.
Menina, o bicho era tão parrudo que até a tubulação queria recusá-lo. Haja de descer água e nada dele se mandar. Ficava ali aquela coisa preta de combirom ressurgindo.
O adeus demorou, mas ele partiu!

Um comentário:

nathalie disse...

hasuhaushaus..Sinceramente não aguentei de tanto rir...
To morrendo ate agoraa...
Toh gravida de 8 meses e seii como eh essas coisas...


mto bom o relato, parabéns!!!