Para menina, pensar em nomes é mais fácil. Só não podia ser Michele, a maioria das que passaram pela minha vida era piranha (com todo respeito às exceções); e nenhum outro terminado com ‘ele’, tipo Gabriele, Marcele... É chato demais, fanhoso! Também não podia ter o nome das ex-rivais, isso não seria bom. As opções eram, em ordem de escolha, Laura, Sofia e Iara. Pensei também em homenagear minha avó por parte de pai, mas Belmira não convencia.
Como eu e o pai optamos por não saber o sexo, o bebê sempre foi chamado de bebê. E nos referíamos a ele como ‘ele’ respeitando o gênero da palavra. Os amigos e parentes sempre são os mais curiosos. Enchem o saco para saber o sexo com a desculpa de comprar o presente ideal e ajudar na escolha dos nomes. Eu sempre brinquei com a situação, dizendo que seria gay. PRONTO! Acabava com o papo. Coisa chata, ninguém respeitava a nossa vontade de ser surpresa.
Eu garanto, surpresa é muito mais legal! Porque a primeira pergunta de todos é a mesma: _ E aí, é menino ou menina? Quando há uma resposta, o assunto parece que acaba. Entretanto, o inesperado mexe com as pessoas, sejam elas amigas ou desconhecidas. Então vêm as pérolas da sabedoria popular para gravidez. Entre as brincadeiras, tem a do cordão com um pingente. A pessoa faz uma espécie de pêndulo em cima da palma da sua mão. Caso o cordão vá para frente e para trás, é menino. Se o movimento for em círculos, é menina. Uma outra é a das duas almofadas, uma com garfo e a outra com uma colher embaixo. Sentou no garfo, é macho. E por aí vai...
Sem falar nos achismos que se baseiam no formato da barriga, se é redonda ou bicuda; no umbigo se é para fora ou para dentro. Acreditem, não saber o sexo é difícil mas rende boas risadas.
Enfim, voltando a escolha dos nomes... Para menino, nunca soube ao certo que nome colocar. A terminação proibida era ‘ton’, como Cleiton, Wellinton; e ‘ilson’, de Vanilson, Joilson. Por falar em “J”, Jhonatan, irmão da Jhenifer, nem pensar. Muito menos nomes estrangeiros com mil formas para escrever, como Maicol, Michel, Maikon. Bom, o primeiro nome a surgir que nos agradou foi Pablo para dar sorte e o nosso filho ter um Picasso. Depois, cismei com Inácio. Achava um som aberto, alegre.
Inácio foi fortemente recusado pela vó materna, Dona Margarida. Dizia que parecia nome de pai de santo. Tentei argumentar... Seria uma forma de homenagear meu pai que tem um nome que começa com “I”. _Por que não colocar o nome dele então?, perguntavam.
Porra, é meu pai mas não dá! O nome dele é Ipojucan. Tenho dois irmãos que já levam o karma. Rsrsrsrsrs, brincadeirinha, Ipojucan Junior e Ipojucan Ícaro. A minha sorte foi ter nascido mulher. Após o parto, minha mãe agradeceu tanto.
Poxa, os pais têm que entender... Esta compreensão eu esperei do Lucrécio que graças a Deus nunca me pediu para fazer tal agrado. Nem para misturar os nossos nomes. Imagina? Magcrécio, Lunólia. Nome de filho, como eu disse, é uma responsabilidade grande.
Escolhemos Laura para menina e Pablo para menino. O único problema é que, desde o início, eram grandes as chances de ser menino.
E daí? E daí que a bisavó fala Pabrinho. E é craro que tem pobrema!
3 comentários:
Ótimo, humor no rasgo da gravidade do nome. Gravidez: já pensou no por quê desse nome? Agora que escrevi gravidade acusei uma relação, mas não sei se certa. Será que todos que nascem tem vocação para o nome que carrega? Assim, nome é como bandeira, que carrega uma história, cores e traços. A pessoa é para o que nasce. E na trilha: A pessoa é para o nome. Se menino, já com nome de artista. Se menina, já com nome de personagem com vida íntima.
patricia disse...
Primeiramente parabéns ao Lucrécio e Magnólia pelo bebê. Parabéns também pelo blogger, está muito divertido.
11 de Fevereiro de 2008 14:19
- Patrícia, seu comentário estava na postagem inicial mas tive que transferí-la. Por isso coloquei aqui. Espero que continue lendo e comentando viu?
Hahaha, estes comentários sobre o sexo e os nomes fizeram rolar lágrimas dos meus olhos de tanto que ri.
VOCÊ É ÓTIMA, DEVERIA TENTAR O HUMORISMO JÁ QUE ESTÁ NO MEIO.
Beijinhos, gata.
TIA AVÓ...
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