ÚLTIMOS DIAS, expectativa total!

Não, ainda não nasceu!
Justifico meu sumiço para os que acompanham o blog e agradeço os calorosos comentários de todos. O computador deu pau. Mas, agora, tudo está sob controle, menos a minha gula (novidade). Nos últimos dias até o parto, a ansiedade é grande. Comprei uma revista sobre Yoga na gravidez. Li uns textos e tal... com dicas de respiração, concentração e umas sugestões de posições para praticar. Mas cadê que eu faço? Que nada! A minha predileta é ficar deitada de lado, de preferência o esquerdo, na cama mesmo. A barriga começou a descer. O bebê está encaixado. Ele adora brincar com a minha bexiga e dar chutes na minha costela. Pelo visto, leva jeito para artes marciais.

Bem, chegando a hora, o melhor é arrumar as bolsas para a maternidade. Na minha, levo absorventes também para os seios, duas camisolas de amamentar estilo vovó, duas cintas (não sei qual vai entrar em mim porque estou 15 kg mais gorda), chinelos ridículos, porém fofinhos rosinha com bolinhas brancas, kit higiene e um roupão fresquinho. Também vão 3 calcinhas e o sutiã de amamentação.

Na do baby, vão três conjuntinhos pagão, fraldas descartáveis para recém-nascido, touquinhas, luvinhas e meinhas. Além uma fralda de pano, coeiros e uma manta branca de fustão. Ele vai parecer um docinho de casamento enroladinho nela. Sim... Sem esquecer dos sapatinhos vermelhos para sair da maternidade, mais uma supertição. Dizem que dá sorte. Ah... Se for um meninão, tem o acessório"Plus"_ o boné do mengão campeão da Taça Guanabara 2008. Eu sei, eu sei: Todo ser humano deve ter o direito do livre arbítrio. Mas, nesse caso, tenho que intervir e cumprir o meu papel de mãe que é o de sempre querer o melhor para o seu filho.

O pai também tem bolsa. Mas como é de se esperar, deve deixar para a última hora. Mesmo cego pelo nervosismo, ele vai ter que lembrar das câmeras de filmar e fotográfica, com baterias carregadas; da fita da filmadora, do celular, da carteira de motorista (caso precise), da agenda com o tel. dos amigos e parentes, de remédio para a possível dor de cabeça da sogra e dos charutos, é claro! Além de roupas e cuecas para ficar comigo no quarto como acompanhante.

Arrumadas as bolsas, os outros preparativos para a grande hora são: depilação total e fazer as unhas com esmalte incolor. Vale também uma ajeitada no cabelo. Porque não podemos esquecer das visitas. Ninguém quer sair com cara de sobrevivente de guerra nas fotos, muito menos ouvir frases do tipo: _Tadinha, tão acabadinha! ou _Está com uma carinha de cansada! (SAP: horrorosa, baby!!!). Claro, por que não levar maquiagem? (um pozinho bronzeador e um batonzinho cor de boca seria ótimo!). O importante é não se abater. Depois da depilação total, você mais parece um fusca ou um franguinho de padaria.

As demais dicas são: 1 - Separar a carteirinha do plano de saúde com a autorização de internação dada pelo convênio. (Afinal, ninguém merece ser barrada prestes a parir). 2 - Deixar um dinheiro reserva na carteira e em casa para o taxi. (Em caso de parto normal, nunca se sabe a hora em que a figurinha vai escolher para chegar ao mundo). 3 - E é melhor que apenas uma pessoa saiba onde este dinheiro estará guardado. (Aqui em casa, já gastamos três vezes. E você não vai querer ir de metrô integração, acredito).

o.b.s.: A dica número 3 pode ser descartada caso haja um motorista confiável na sua família para agir sob pressão. No meu caso, D. Margarida (futura vovó) já disse que não vai conseguir. O Lucrécio, recém chegado do Pará, não sabe o caminho até o hospital e tem o fator agravante de ser do signo de Peixes. E o cunhadão está na auto-escola.

Mulher, em frente e avante! Seja o que Deus quiser e a natureza permitir!
Tudo dando certo, teremos imagens do parto.

FECHAR A BOCA!

PQP!!!
Já Dizia a minha vó: _Nunca comemore antes da hora!
Eu, que estava toda-toda por não ter nenhuma estria na barriga, acabei de descobrir duas!
Fiquei arrasada, óbvio. Até chorei! Não basta ficar cheia de óleo que nem uma pupunha, meu Deus? O que é preciso?
Minha mãe disse que some para eu não me preocupar. Tecla SAP: _ É torcer para quando murchar a barriga a minhoca amarela não estar mais aí.

É isso, então? OK!

O problema é que a barriga só aumenta. Aviso às gatinhas que, no último trimestre, a fome é de leão. Não é uma cenourinha, uma maçãzinha que vai satisfazer, não. Tem que ter o prato principal e a sobremesa! De preferência tudo com muito sabor. Às vezes, sonho com tortas daquelas bem molhadinhas.

E não sei se foi um acaso feliz ou infeliz, mas peguei as festas de fim de ano gravidíssima. Detonei geral, sem TRANS! (transtorno! rsrssrs). Chester, pernil, carneiro, costelinha de porco, boi, salada de bacalhau, arroz com lentilha, rabanada, pavê de maracujá, sardinhazinha frita, etc, etc, etc... Até que, demorou mas chegou o remorso. Fiquei uma semana pastando. Dá uma raiva... Enquanto seu marido come como um porco sem a menor cerimônia. Você, que teria todos os motivos do mundo para cair de boca, tem que manter a linha. INJUSTIÇA!!!

A médica chamou a minha atenção na última consulta. Num intervalo de 1 mês, engordei 2 kg, além de mais 1 kg do bebê. Éeee.... Adeus surpresinhas do Lucrécio como jujubas, pipoca doce ou sorvetinhos; e adeus aos manjás e pudins da bisa. Ontem, tentei fazer uma promessa de não comer doces até o parto. Tinha acabado de acender uma vela de 7 dias com tal propósito quando o tio da criança chegou trazendo uma barra de chocolate com amendoins. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! Tive até insônia. Só consegui dormir depois que fui até a geladeira e acabei com a maldita no meio da madrugada.

No salão de beleza, estava lendo essas revistas de famosos num dia desses. A cegonha está solta, né? Pois é... Uma das colunas revelava as “extravagâncias” das futuras mamães celebridades no que diz respeito a desejo. Ridículo!!! Uma disse que foi um misto quente. Outra disse uma taça de sorvete. Parei nas aspas da terceira hipócrita que contou com remorso não ter resistido a uma fatia de bolo de cenoura. Um bando de lambisgóia sem sentimentos!!!!!!!!!!!!!!! Nunca admitem que são de carne e osso como nós, suas hidropônicas.

Chega! Não quero mais falar disso! Preciso de um copo de água.

Premeditações

Sempre fui apaixonado pela vida (nascido no país do carnaval quem não for parece mané). Mas pensava assim: - Casar e ter filhos pra quê rapá? Tanta criança orfã aí e a gente podendo ajudar, pô! Por isso essa cogitação nunca ultrapassava uma possível adoção. Daí veio um graaaaannnnde amorrrrrrrr, vô repetí pra vocês: GGGGGGRRRRRRAAAAAAANNNNNNDDDDDDEEEE AAAAAAAAMMMMMMOOOOORRRRRR, ahhh!!! Agora sim!!! Pois bem, assim como toda paixão avassaladooora, ela chegou de repente e os novos projetos foram surgindo e, quando vi, já tinha até mudado de idéia (nem eu mesmo acreditava): - Morena linda, olhe para os meus olhos e escute bem o que vou dizer. QUERO CASAR COM VOCÊ E TER UM FILHO! É, foi a partir daí mesmo que essa estória começou, depois veio o - Hum.... eu também quero, quero sim!!! (beijos e mais beijos) e - Que tal daqui há dois ou três anos? -Perfeito!
Antes de dormir, aquela reflexãozinha se tornara mais mística que o habitual, relâmpagos no céu e uma sensação de que algo de grandioso aconteceria. Para um casal que planejava uma mudança de cidade e de vida isso era coisa natural. E foi assim durante algumas três semanas quando chegou a hora do : - Ai meu Deus, o exame deu positivo! - Uaaauuuu. - Você quer ser pai? - Hahahahaha, espera um pouco deixa eu pensar, hahahahaha não acredito, você acredita? noooooossssaaa hahahaha uhuuuuuuuuuuuuuuu EU QUEROOOOOO, QUERO SIIIIIIMMMMM!!!!!!! (abraços fortíssimos, olhares profundos e beijos, muuuitos beijos).
É, realmente a relação nesse momento se tornou muito eufórica e muito bonita de ser lembrada. O que aconteceria depois ainda não pensávamos tanto pois a notícia se tornou capa de jornal no nosso círculo de amizades por vários dias. E era super interessante ficar comparando a reação que cada um tinha. Bem, algumas pessoas nem sequer tinham reação (talvez porque não conseguíam nem acreditar). Outras ficavam tão abismadas que demoravam uns cinco minutos para falar. Enquanto outras adoravam, gritavam e festejavam o máximo. Depois de tanta emoção, (posso afirmar hoje) chegamos a compreender de um modo subconsciente que a notícia não era assim tão inesperada para nós. Era para ser!!!

A ESCOLHA DO NOME

Digo que escolher o nome do filho é um momento de maior responsabilidade. Tentei levar em consideração diversos pontos. A lista de chamada na escola, para ele ou ela não ser um dos últimos a serem liberados; a grafia, afinal ninguém merece ficar soletrando o próprio nome a vida inteira; a sonoridade, tinha que ser forte e alegre; e o significado, é claro.

Para menina, pensar em nomes é mais fácil. Só não podia ser Michele, a maioria das que passaram pela minha vida era piranha (com todo respeito às exceções); e nenhum outro terminado com ‘ele’, tipo Gabriele, Marcele... É chato demais, fanhoso! Também não podia ter o nome das ex-rivais, isso não seria bom. As opções eram, em ordem de escolha, Laura, Sofia e Iara. Pensei também em homenagear minha avó por parte de pai, mas Belmira não convencia.

Como eu e o pai optamos por não saber o sexo, o bebê sempre foi chamado de bebê. E nos referíamos a ele como ‘ele’ respeitando o gênero da palavra. Os amigos e parentes sempre são os mais curiosos. Enchem o saco para saber o sexo com a desculpa de comprar o presente ideal e ajudar na escolha dos nomes. Eu sempre brinquei com a situação, dizendo que seria gay. PRONTO! Acabava com o papo. Coisa chata, ninguém respeitava a nossa vontade de ser surpresa.

Eu garanto, surpresa é muito mais legal! Porque a primeira pergunta de todos é a mesma: _ E aí, é menino ou menina? Quando há uma resposta, o assunto parece que acaba. Entretanto, o inesperado mexe com as pessoas, sejam elas amigas ou desconhecidas. Então vêm as pérolas da sabedoria popular para gravidez. Entre as brincadeiras, tem a do cordão com um pingente. A pessoa faz uma espécie de pêndulo em cima da palma da sua mão. Caso o cordão vá para frente e para trás, é menino. Se o movimento for em círculos, é menina. Uma outra é a das duas almofadas, uma com garfo e a outra com uma colher embaixo. Sentou no garfo, é macho. E por aí vai...

Sem falar nos achismos que se baseiam no formato da barriga, se é redonda ou bicuda; no umbigo se é para fora ou para dentro. Acreditem, não saber o sexo é difícil mas rende boas risadas.

Enfim, voltando a escolha dos nomes... Para menino, nunca soube ao certo que nome colocar. A terminação proibida era ‘ton’, como Cleiton, Wellinton; e ‘ilson’, de Vanilson, Joilson. Por falar em “J”, Jhonatan, irmão da Jhenifer, nem pensar. Muito menos nomes estrangeiros com mil formas para escrever, como Maicol, Michel, Maikon. Bom, o primeiro nome a surgir que nos agradou foi Pablo para dar sorte e o nosso filho ter um Picasso. Depois, cismei com Inácio. Achava um som aberto, alegre.

Inácio foi fortemente recusado pela vó materna, Dona Margarida. Dizia que parecia nome de pai de santo. Tentei argumentar... Seria uma forma de homenagear meu pai que tem um nome que começa com “I”. _Por que não colocar o nome dele então?, perguntavam.
Porra, é meu pai mas não dá! O nome dele é Ipojucan. Tenho dois irmãos que já levam o karma. Rsrsrsrsrs, brincadeirinha, Ipojucan Junior e Ipojucan Ícaro. A minha sorte foi ter nascido mulher. Após o parto, minha mãe agradeceu tanto.

Poxa, os pais têm que entender... Esta compreensão eu esperei do Lucrécio que graças a Deus nunca me pediu para fazer tal agrado. Nem para misturar os nossos nomes. Imagina? Magcrécio, Lunólia. Nome de filho, como eu disse, é uma responsabilidade grande.

Escolhemos Laura para menina e Pablo para menino. O único problema é que, desde o início, eram grandes as chances de ser menino.
E daí? E daí que a bisavó fala Pabrinho. E é craro que tem pobrema!